domingo, 31 de julho de 2011

Tornou frio o amor o tempo

Doada a saudade me incendiara
Repulsa inquietude com fragâncias da sorte
Entendo que avulso espero sem data
Muito mais que isso:acredito na fala
Que a chuva do sul me translada essa noite.

No olvido barulhos são porquanto carícias
O frio espaço de um lábio a face  gemeia
Tomarei as imagens como aveludada mentira
Ou um sinal ora incerto que ela vem,não é minha
Quando vê nossa casa já não tem mais certeza

Que ainda  amada,amada era minha
Quando vê nossa casa já não tem mais certeza.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Término de ventania.

E vem trazer mais
Bem mais que chegaria
Na janela os inusitais
Só não são mais
Que os ventorais da noite ardida.

E vem trazer mais
Bem mais que ainda havia
Na janela os temporais
Só não vem mais
Porque não vem mais ventania.

Agora tudo cessa
Mas ninguém recomeça
Se o vento fez a festa
Agora ele termina.

Paulo Teodoro

Paulo Teodoro
Foge dos livros
E vive
Imerso nas letras
Daquela poesia
---Poesia nunca é aceita
Ele foge
Fugindo guia
Perdidas,algumas estrelas.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Parece ficar

Somente busque
Lograr aqui o amor previsto
Sem o indeciso
A dúvida que há

Alterne amor
Velhas iras e mitos
Com o que fazes comigo
A noite fará com o luar

Sem o medo restrito
Permanece comigo
Cada segundo vivido
Parece sofismo
Lembra comigo
E parece durar.

Faço palavras parecer

Faço palavras parecer cansaço
E isso sei como sei que faço!
Há muito não lês minha rima
Decerto que tem encontrado melhor poesia.

Decerto que tem encontrado
menos tristeza,mais melancolia.

Esquece comigo.

Esqueço a vida e
caminho
Sem a loucura da depravação
Por quantas vezes sozinho
Tu seguias o que eu sigo
Mas equidistante ,preferível
Ficavas equidistante então.


Esqueces comigo
Sem a sordidez que vem na razão.
As ruas desgastadas ,cada casa
É um manto sombrio
Não queres proteção do frio?
A quentura é a hibernação.
Que eu teria se esquecesses comigo
As feridas tidas
tidas sem um só motivo
Que amparasse toda essa crença,um aviso:
Essa entrega e essa enganação.

terça-feira, 26 de julho de 2011

O amor não vem em pedidos.

O amor não nos merece
Mas ele sim nos implora
com sua voz baixa e sedada
por ruas pontes ou casas
por feiras livres ou sacras
Que quiséssemos alguém bem agora.
E a nossa clemência de querer e querer
Seja a servidão duradoura, a resposta.
Não haja colisão nem seja achada
Porque assim imploraremos com raiva
E quanto mais raiva ,será ela implorada
A inútil e salgada ,mas só imaginada
A veemente e certeira resposta.
Que não surgirá mesmo que fora combinada
Porque os amores vêm sem notar as palavras

Amores vêm sem notar se era hora.

domingo, 24 de julho de 2011

Mesmo quando a vida nos oculta
Vem algo que nos atrai
Seja a firmeza dessa terra rubra
As melodias o outono traz.

Não importa se a vida é uma bagunça
Mas queria que não fosse mais
Ficasse a ardência desses lugares que mudam








Os lugares mudam e não voltam jamais.

sábado, 23 de julho de 2011

Transforme

Irradie a luz
Todo vendaval era amargo
Nada mais me seduz
Fora querer o céu ,a verdade minha, outros os casos.

Trabalho e tanto me falta
Tanto me falta e trabalho
Irradie toda essa ira essa luz
Não no que já despuz mas no que ainda aguardo.

Preciso ver será minha essa virtude?
De andar á praia sem construir mais que passos
Transforme os passos em inseparada a luz
Certa luz a qual me haviam separado.

Sonhos mais verdes

Sim eu noto ao longo o verde
Não me detém mais a rua agora
Pudesse entender na chuva a demora
Pra que nada torne assim mais diferente.

Soubesse que o que vem não consola
Mas que na poesia há mais fraterna gente
Que talvez muito aqui te conforta
E por esse instante teu choro sim compreendesse.

Enquanto a cidade de tão fria é quase morta
Enquanto a teimosia nos conforta lembrando sonhos mais verdes.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quarto em ruínas para amar.

Para amar serve
Bem como ser amado
Este quarto que ás vezes
Templo vulgar é miserável.

Há muito não o vendem
(há muito sequer alugaram)
É precária a parede rochosa além
Que da janela o vidro fora quebrado
Colado novamente

Há ser um vidro estilhaçado.


Contudo
Para amar serve
Bem como ser amado
Este quarto que por vezes
Templo vulgar é miserável.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Á procura de outros caminhos.

Fugitivo de terras: não sou.
Quando muito só penso ecoar.
Em asas a voz de outros mundos
Que esse mundo não soube explicar.

Quero que venha o crepúsculo.
Não o caótico/O mais tenso luar
Terá lugar tão firme e profundo
Que esse mundo não viu lhe doar.

Eu vou buscar novos rumos.


Sem o intenso sabor de ficar.

Estão todos datados.

Estão todos datados
Meus poemas são rios.
Que buscam nos lagos
Encontrar novos trilhos.
Não nestes espaços
Porém neste sorriso
Serão exaltados?
Talvez se preciso.
Melhor se encontrados
Tal qual apenas lidos
Por um qualquer em acaso
Que á esses versos dominam.
E como se fosse um recado
Ele agora é um menino
Inconfuso:centrado
Decerto em acaso
Mas já tão animado
Por conhecer novos rios.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Rimei com as chuvas

Rimei o silêncio
Com meu nome em lugares
Rimei outras chuvas
Com as chuvas das tardes
Rimaria dezembro
Decerto em contento
Rimaria hoje mesmo
Se porventura chegasse.

Para na noite ser

O dia passar quero amando
Porque á noite serei talvez o amado
Uma moça bela me receberá em descanso
Por dias levianos rompendo o trabalho
De encontrar-me esta tarde clamando
Para na noite talvez ser clamado.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Há quem consiga.

Surpreende
Assusta
Mas fica

Olha incerto
Demora menos
Mas vai.

Dessa vez
Seremos menos
Seremos mais

Nessa manhã
ora intacta
Mas afligida

Por tudo
Aquilo
Que a vida.

Promete
Mas já
Não traz mais.

Mas então busquemos
E há quem consiga

Curar a ferida
que a vida
Já não vai.

O meu pedido

O meu pedido
É um sinal que a vida não tem sido fértil.
Mas que se modulam os abismos.
E eu modularei os que quero.

Mas não quero nada com isso
-Com isso é que a vida tem sido um inferno.
Falar,segurar,andar em abismos
quando não muito frio ainda mais é deserto.

Bem por isso retorno aos fascínios
Aos campos que aqui não puderam
Fomentar toda essa teraa sem riscos
Bem por aqui joio e praga estiveram.

O meu pedido(porque vem comigo)
É voltar a um campo modesto
Onde é reinante a beleza do trigo
Sem frio,que até o rio era infértil.

domingo, 17 de julho de 2011

Os dias não param

Todas as horas param
São as horas que param.
E com elas
Os dias
Não ficam.

Fica a vida ao acaso.
Eu perdido e amargo
Liberto todavia
Ouço restarem

Vozes e avisos.

Ah.. se esses dias por vez param
Mas os dias ainda passam
Nem deixariam de passar
Irão continuar partindo.

As horas que param
-São as horas que param
Os dias não parariam amor
Exceto contigo.

Nossa hora de unir.

Os riscos
 Ficarão aqui
Se bem que iremos.

As pegadas
Dormirão aqui
Porque aqui nasceram.


O tempo não consegue mentir
Embora tente
Mas já sabemos.

Qual o instante da tarde cair.
Qual o instante da noite cair dentro.

Cair sem quiça destruir
Nossa hora de unir.
Nossos corpos sedentos.

Manchas meu caminho.

Manchas meu caminho
Com o declínio da tua face
Vem sem volta,o tempo parte
E nos deixa viver sem pressa
Ou exílio.

Todos contornam pelas cidades
Á  procura de novas beldades
Com o declínio da tua face
Eu aprendi a compreender os mitos.

São pra quem não tem  a mulher de verdade
Até que um dia suas musas achem.
Sobreposta força ,surreal verdade
E as deusas postas morrerão ouvindo

O amor real que hora fazem
Com que destreza,que vida os fazem
Porque há deusas que agora partem?
Deusas que logo não terão vivido..

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Deram as mãos.

E deram-se as mãos
 mãos que roçam o vento
E se não se quiseram explicar
talvez porque já se entendam.

Sem precisa falar
mas sem deixar de olhar
não no céu
mas na face o firmamento.

sábado, 9 de julho de 2011

Não prometeram

Quase o dia todo
quase um dia tenso
inteiro de outros verões
descalço,não saber ao menos
se virá o que viria hoje
a estação que tanto prometeram
necessito pescar .mas necessito hoje
um só peixe que venha hoje ao menos.

A pesca de outros verões
que vieram ,sequer prometeram.